Quando cada pequeno erro no cenário mundial pode custar milhões de dólares, apenas os maiores jogadores podem erguer o troféu Aegis. Os vencedores do The International são lendas que fizeram história nos eSports, mudando o rumo do jogo mais popular do planeta: Dota 2. Histórias de triunfos e quedas, momentos de glória e desilusão: tudo isto cria a atmosfera única do The International, onde todos os anos as melhores equipas do mundo competem na arena para se tornarem parte de algo maior.
Os vencedores do primeiro The International: a história por detrás da lenda
O primeiro torneio tornou-se o evento mais importante da história dos eSports, preparando o terreno para futuras lendas e atraindo a atenção de milhões de espectadores em todo o mundo.
Natus Vincere: do triunfo à lenda
A primeira edição do International teve lugar em 2011 em Colónia, na Alemanha, como parte da Gamescom. Foi um momento que mudou a história da indústria para sempre. A equipa ucraniana Natus Vincere, conhecida como Na’Vi, não se limitou a vencer: dominou o torneio, levando para casa o título de Égide dos Campeões. Composição da equipa: Dendi, XBOCT, Puppey, ArtStyle e LightofHeaven. Havia algo de especial no seu jogo: uma coordenação única, estratégias originais e um apoio incrível dos fãs.
Na final, a Na’Vi defrontou a equipa chinesa EHOME, derrotando-a pelo resultado de 3:1. Cada momento foi tenso, mas a Na’Vi mostrou um jogo excepcional graças à combinação de Dendi no Pudge e XBOCT no Anti-Mage. Foi uma era caracterizada por um estilo agressivo e ataques súbitos de emboscada que destruíam literalmente os adversários.
Grandes Prémios: Como os Vencedores se Tornaram Milionários
Na altura, o prémio total do primeiro The International era de uns impressionantes 1,6 milhões de dólares. Esta figura revolucionou o conceito dos eSports, colocando o Dota 2 no mesmo patamar dos grandes eventos desportivos. Os vencedores levaram para casa um milhão de dólares, que se tornou o símbolo de uma nova era.
Como a TI mudou a indústria dos eSports
Os vencedores do Natus Vincere 2011 mudaram toda a história do Internacional. O torneio tornou-se mais do que apenas uma competição: tornou-se um símbolo de sucesso, um teste de resistência, espírito de equipa e talento único.
A Evolução dos Campeões: Anos de Triunfos e Quedas
Estes anos foram um período de intenso crescimento e transformação, com novas equipas a surgir em cena e estratégias a mudar a uma velocidade relâmpago para refletir a evolução do jogo em si e o nível da competição.
Vencedores internacionais da Invictus Gaming à OG
Após o triunfo da Na’Vi, iniciou-se uma nova era: a equipa chinesa Invictus Gaming conquistou o título de campeão em 2012. A sua abordagem ao jogo era completamente oposta: preferiam um jogo metódico e cauteloso, calculando as suas ações o mais possível. A Invictus Gaming emergiu como vencedora do IT, provando ao mundo que a disciplina e o pensamento tático também podem levar ao sucesso.
Depois, em 2013, a Alliance ganhou fama com o seu famoso Rat Dota, uma estratégia em que cada movimento tem como objetivo destruir gradualmente as bases adversárias. A equipa OG, por sua vez, reescreveu a história ao vencer a TL por duas vezes consecutivas, em 2018 e 2019. Tornou-se um símbolo de tenacidade e crença no sonho de alguém, demonstrando um estilo que combinava agressividade e flexibilidade estratégica.
Como a estratégia e o objetivo mudaram
O International foi uma montra de como as estratégias e metas do Dota 2 estão a evoluir. Em 2014, Newbee venceu o torneio utilizando o meta Death Ball, uma estratégia de ataques rápidos que não dava tempo ao adversário para recuperar.
Jogadores Lendários: Rostos da Era
Cada edição do The International produziu vencedores, verdadeiros campeões que se tornaram lendas:
- Dendi (Na’Vi): Conhecido pela sua mestria no Pudge, criou muitos momentos memoráveis no The International 2011, principalmente com os seus golpes de gancho.
- XBOCT (Na’Vi): Um dos melhores jogadores de carry da sua época, famoso pelo seu jogo no Anti-Mage e pelos seus momentos decisivos nas finais contra a EHOME.
- s4 (Aliança): Tornou-se o símbolo do “Rat Dota” no The International 2013, graças aos seus movimentos inesperados e investidas estratégicas.
- ana (OG): Fez uma grande contribuição para as vitórias da OG no TI8 e TI9 e ficou famoso pelo seu jogo em Spectre e Ember Spirit.
- Topson (OG): Surpreendeu toda a gente no TI8 e TI9 com as suas escolhas de heróis pouco convencionais como Monkey King e Pugna, o que levou ao domínio do OG.
Como a OG reescreveu a história do Dota 2
A OG sempre procurou um objetivo maior: subiram ao palco para provar ao mundo que a perseverança, a crença na sua equipa e um desejo inabalável de vencer podem superar qualquer obstáculo.
OG: Uma história de viragem e de regresso
A OG entrou na lista de vencedores do The International como a única equipa a conseguir vencer o Aegis duas vezes seguidas. A sua primeira vitória em 2018 foi uma verdadeira sensação. Ninguém esperava que uma equipa criada poucos meses antes do torneio pudesse passar de underdog a campeã. Os principais jogadores incluíram N0tail, ana, Topson, Ceb e JerAx, cada um dos quais fez contribuições inestimáveis para a vitória.
Triunfo repetido: 2019
Em 2019, a OG provou que o seu sucesso não foi acidental. O seu segundo triunfo foi o resultado de uma profunda compreensão do meta e de uma abordagem corajosa. Ana em Io e Topson em Monkey King foram os verdadeiros heróis da final contra a Team Liquid, onde a OG venceu com um resultado de 3:1. As estratégias do OG eram revolucionárias: jogavam como nunca ninguém tinha jogado, ditando o ritmo e obrigando o adversário a adaptar-se.
O impacto do OG na cultura dos eSports
A OG não só mudou a forma como o jogo era visto, como também se tornou a equipa mais popular a vencer o The International. O seu estilo não é apenas um conjunto de estratégias, é uma filosofia de liberdade e experimentação que tem sido adotada por muitas equipas jovens.
PSG.LGD e a sua marcha eterna rumo ao Aegis
A equipa do PSG.LGD tentou por diversas vezes aproximar-se do topo, mas de cada vez estava a um passo da vitória completa. Tornaram-se a personificação da perseverança, provando que o caminho para a fama nem sempre é simples e linear.
Quase Campeões: A Maldição do Segundo Lugar
O PSG.LGD esteve muitas vezes à beira da vitória, mas não conseguiu conquistar o Aegis. A sua história é uma série de recordes internacionais, repleta de momentos dramáticos e batalhas. No TI 2018 e 2019, chegaram à final duas vezes, mas perderam para o OG. Cada fracasso tornava-os mais fortes e fortalecia o seu espírito de equipa. Regressaram ao palco várias vezes para provar que mereciam o título.
Porque é que PSG e LGD merecem respeito
O PSG.LGD deu um grande contributo para o desenvolvimento dos eSports na China e no panorama global. O seu profissionalismo, disciplina e capacidade de adaptação a qualquer mudança fizeram deles uma das equipas mais perigosas do torneio. O capitão xNova sempre liderou os seus companheiros de equipa, mesmo nas situações mais difíceis. O seu desejo de vencer merece respeito e admiração.
2021: É o mais perto que podemos chegar
No The International 2021, o PSG.LGD viu-se mais uma vez à beira do triunfo. O confronto contra o Team Spirit foi uma das finais mais intensas da história do torneio. Mas apesar dos seus esforços, a vitória não chegou.
Conclusão
Todos os vencedores do The International ficarão para sempre na história do Dota 2. Cada equipa, cada nome faz parte da lenda que continua a cada ano. O torneio está cada vez maior, os prémios estão a aumentar e a competição está a tornar-se mais feroz. Quem será o próximo proprietário da Aegis? Quem pode replicar os feitos do OG ou até mesmo superá-los? Descobriremos isso nos próximos capítulos desta história sem fim.
Acompanhe os torneios para descobrir quando são criadas novas lendas.